sábado, 6 de setembro de 2008

poema

verbo sentido
por: andré luiz oliveira
por favor, não me molhe tuas lágrimas
doce; por que tanta incidência nesse corpo próximo (olhe), pergunta
trôpego e não...
uma palavra mentirosa vilipendiaria o senso
conexo e causa,
e estaria à órbita de um qualquer sozinho,
dispondo peças num jogo chamado mundo,
a liberdade repousante, dois pontos
esperando afinal a partícula fonemática.
o verso e o reverso de um rosto vivem a poça d'água
por que não elimina a placenta, outra pergunta
sintaxe: asfixia de uma imagem em desatenção,
discurso e forma; cortei e não diz onde pousaram os vermes,
nem escárnio, nem dor, odor
não, pare, exclamação, comece a parar de pensar,
deixa os sons se constituírem
até a balbúrdia fônica sangrar na beleza do absurdo
significa e devota o mesmo início
senão experimenta...
se aproxima, tece dois dedos de prosa ecológica comigo,
esquece que tem medo por um pouco
as fulgurações aparecerão aos corpos
como ao insano uma dose de egoísmo e único prazer
de verbo e sentido, ponto


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