segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Poema de uma matilha investigada (Cristopher Moura)

A amargura deles era saber que não os viam
Isso lhes era quase insuportável
Pior do que serem enterrados vivos.

De resto, não se importavam
Viviam enfestados de pêlos
E amavam seus inimigos.

Gostavam de serem enterrados no concreto
Além disso, sentiam com satisfação a umidade da infiltração no concreto
Tudo se tornava um livro de memórias que se atualizava a cada instante.

Um comentário:

Anônimo disse...

é possível viver sem memória??????????????????????pergunte a Estamira!!!!!!!!!!!