sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Meus amores (André Luiz)

Ah, meus amores, quantos erros certos!
Quanta pele de carne beijada sem prazer
O dedo menor sempre levantado
Procurando a incerteza de um olhar vesgueiro.

Se o dragão preso em mim
Vos pedissem água, seria pra vos matarem afogadas
Em cinzas de qualidades duvidosas
Mas eu sou lebre: leve e branda.

Sou ser, sei ser, afinal, impávido
Entre o toque e o medo, há um lugar cego e intersticial
Por onde a leveza do amor escapa virgem
Eu então sei, desejos, entrementes afetos.

São asas do mesmo sol, brilham em si
São beijos de mesma cor, descolorindo
São letras de aquarela, e seus quilates
São vidas que se cruzaram, eu sendo o eixo.

Ah, meus amores, estou voltando pra mim!
A estrada avante, tem seus codinomes
E me leva até onde estão os nossos sonhos
São diamantes, e minha alegria cintila alto

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