sexta-feira, 22 de maio de 2009

Enc: sobre mapas e lembranças

Sobre mapas e lembranças

(andré luiz oliveira)

                        

Eu acredito em alguns dias

E ainda assim respiro lágrimas.

Se daquele beijo restou uma imagem enquadrada

É porque gostávamos mais de fotografia que de romances

Vês agora que nem por isso somos menos concorrentes

Apenas deixamos de lado as ilusões do enlace

Que nos mergulhou num idílio de conforto e doçura

Mas o gosto da distância não é ruim.

 

Eu acredito em alguns dias

E ainda assim recebo flores.

Se fosse possível um último toque

Pediria para que te vestisses de branco

Pra te mostrar os erros escondidos naqueles sonhos

 

Eu acredito em alguns dias

E ainda assim carrego mágoas.

Parece que a dor te trouxe pra perto

Mas não sabes em que posição atracar

Pois os meus desejos não se criam em mapas

Como tuas eternas lembranças...



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4 comentários:

Anônimo disse...

a poesia vivifica muito o "eu", o que e a deixa sem maiores complexidades com os entrelaçamentos-intersubjetivos...vc escreve bem garoto, mas precisa se desgarrar do "eu". lembre que foi em torno desta entidade que se edificou a razão colonizadora e seus vícios perversos... lhe indico visitar os quadros de picasso em seu momento "extraviado" para ligar o eu a vapores e simultâneidades...
MAS NÃO DEIXE DE ESCREVER, JAMAIS!!!ATÉ PQ VEJO TRAÇOS DE INQUETAÇÃO A GERMINAREM....ABRAÇOS!!!!!

Anônimo disse...

mas de que "eu" falas notável anônimo? trata-se de uma música datada, experimentada todavia inquietante, antes mesmo de sinalizar uma inquietação fugaz num prisma qualquer, como indica sua sugestão.
lembre-se também que não poderás fugir de/desmontar certas categorias sem mergulhar no pântano de onde se erguem suas raízes, pois pareceria dos mais modestos entre os críticos descuidados.
lembre-se ainda: a palavra é perigosa e escorregadia contanto que o “eu”, antes de assinalar o lugar do pessoal, do manifestante, pode encenar enunciações cujo sujeito-pessoal-do-caso-reto encontra-se anulado em sua própria função individuada e “poderosa”... ou seja, tudo é muito engraçado: o eu no nós, no vós, no tal, no qual... enfim, quem sabe o caminho não seja descolonização do “eu” em seu lugar de “eu”? se no meu módico texto o eu parece assinalar uma centralidade aparente é sob condição de ser o [eu]nuco que mina (ou pulveriza) o pronome procriador de premissas de causa-efeitos que nutre toda vontade de verdade/ e de razão.
mas me divirto deveras com o poder das palavras e do diálogo... rsrsrsrsrs
abraços,
do autor

Ecristio disse...

Malandro!!!!!!

Escolhi o adjetivo a dedo em minha estrutura lexal!!!

Anônimo disse...

Malandro é vc lírio do campo! Sujeito sem coração!
rsrsrsrsrsrsrsrs...

ah! depois tenho sugestões acerca dos próximos episódios do fran-góes.
abraço,

andré luiz oliveira