quinta-feira, 7 de agosto de 2008

verbo pedir

tece vida teus visgos... e confunde os sentidos.
extrai do pão sobre a mesa mal posta,
do café da manhã nublada,
o gosto insosso de todo-dia.

faz da vertigem do cálculo matemático,
da economia dos gestos,
um déficit irrecuperável ao seu favor.

no sonho, permanece em suspenso...
filtra o sentido das filigramas da trama
que preenche o sono dormido.

do cumprimento aos conhecidos,
desobriga a cerimônia;
faz apenas de afecções olhares convergirem.

mas não deixa aquela flor morrer afogada
retira-lhe a superabundância
e contorna com nitidez seu croma fácil.

promove quem sabe a alegria em mim
ao deitar-me aos ouvidos em que direção
[nascerá o sol
daquele riso de que não posso esquecer।

por André Luiz Oliveira

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