No samba político,
O pandeiro é a bomba
A explodir em sons sincronizados,
Os tímpanos acostumados.
O cavaco é a metranca
Que dispara acordes dissonantes,
Ferindo o ritmo lento dos inertes,
Fazendo jorrar no ar todos os coloridos confetes.
O reco-reco é a espada
Que, marcando o compasso,
Golpeia a boa ordem do passado,
Tornando o agora o ritmo do presente.
A viola é o mapa
Que, com suas melodias,
Indica os caminhos originais da alegria,
Trazendo à tona o sorriso como escudo da fantasia!
Os passos, o movimento corporal
Que, com ginga, escapam dos ataques externos,
Com o compromisso estético do eterno,
Transfigurando o corpo em versos.
O morro é o palco (novo quilombo),
Onde o revolucionário bamba cria
O estilo de vida do corpo liberto,
Nos domingos de cerveja e sexo...
Combatendo pela vida em diferença!
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