Édipo sujo e as equivalências (André Luiz Oliveira) Como se fosse rasgando a brisa O rosto de barba mal feita e olhos corais Exibia o sorriso anestésico da vingança Deixava entrever pés descalços no rastro firme As narinas aguçadas experimentavam a fragrância do último ato Sentia seu triunfo na sutileza das sonoridades matutinas Queria ser aquele pássaro para esgueirar-se entre os galhos velhos Desejava ser o réptil em atitude afirmativa e rastejante Perdia-se em assimilações circunstanciais e antropomórficas Pela primeira vez, sentia aquele prazer animalesco Que o deixou de pernas bambas e corpo umedecido Amava aquela anciã desgrenhada que possuíra com voracidade Nem sabia a pobre senhora que seu algoz a venerava; Que suas unhas pobres outrora havia o extraído do ventre inchado. Seu filho–lixo lhe roubara a vida: o prazer de tê-lo jogado aos vermes. |
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Um comentário:
andré tah malandro!! os dois últimos foram foda!!!
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