tece vida teus visgos... e confunde os sentidos.
extrai do pão sobre a mesa mal posta,
do café da manhã nublada,
o gosto insosso de todo-dia.
faz da vertigem do cálculo matemático,
da economia dos gestos,
um déficit irrecuperável ao seu favor.
no sonho, permanece em suspenso...
filtra o sentido das filigramas da trama
que preenche o sono dormido.
do cumprimento aos conhecidos,
desobriga a cerimônia;
faz apenas de afecções olhares convergirem.
mas não deixa aquela flor morrer afogada
retira-lhe a superabundância
e contorna com nitidez seu croma fácil.
promove quem sabe a alegria em mim
ao deitar-me aos ouvidos em que direção
[nascerá o sol
daquele riso de que não posso esquecer।
por André Luiz Oliveira
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